Estamos no tempo. Num país de marinheiros, como muitas vezes
dizemos, está quase na altura dos miúdos, mais pequenos ou maiores, se fazerem
ao mar, à vida escolar.
Tem-se falado muito de escola, de questões das escolas, de
professores, de questões dos professores, de pais, de questões dos pais, mas tem-se
falado pouco, acho eu, dos miúdos que como dizia se vão fazer ao mar.
Felizmente, a maioria vai encontrar um mar tranquilo pela
frente, sabem nadar, alguns muito bem e outro nem tanto, mas nadam. Outros,
melhor apetrechados, até têm vários tipos de pranchas que os irão ajudar a
manter-se sempre na crista da onda. Serão capazes de enfrentar alguma agitação
que possa suceder e, lá ao fundo, têm um farol que os ajuda a chegar a bom
porto.
No entanto, alguns outros miúdos irão encontrar um mar mais
bravo na sua viagem. Fazem-se ao caminho mal equipados, não sabem nadar muito
bem, não percebem o mar e o que se lá passa. Talvez encontrem bóias ou balsas,
adultos por exemplo, que os ajudem a enfrentar a agitação e as dificuldades.
Não terão farol à vista que lhes possa orientar o caminho e correm o risco de se
perder. Pode até acontecer que alguns, esperamos que poucos, possam mesmo
naufragar.
É por causa destes miúdos, sobretudo destes, que quem anda
por estes mares e se preocupa com eles, deveria procurar mantê-lo calmo, sem
grande agitação. Já basta as marés e algumas borrascas que são certas. Mas
essas são naturais e os miúdos são capazes de lidar com elas.
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