Uma rápida vista de olhos pela
imprensa online fez-me tropeçar com uma notícia que me deixou perplexo.
Um dos clubes chamados “grandes”,
o Sporting, fez distribuir às crianças participantes num evento das escolas da
sua Academia um “estatuto do sportinguista”, um guia de 10 pontos sobre a forma
de ser apoiante do clube.
Dois dos pontos determinavam que “"O
sportinguista é fanático – só vê o seu leão e nada mais" e num outro ponto
"ser do Sporting é saber dizer sempre o pior do adversário".
A notícia acrescenta que uma fonte
oficial do clube lamentou a distribuição deste material que terá sido
distribuído sem “ser devidamente analisado”. É importane a posição mas chega tarde.
Também sou adepto de um clube e
sei que a, para muita gente inexplicável, paixão por um clube existe.
No entanto, iniciativas desta
natureza não têm a ver com paixão, tem a ver com uma lamentável falta de
formação cívica e ajudam a alimentar o clima deplorável e perigoso que se tem
vindo a instalar em torno desta nossa paixão, o futebol. Sublinho que na actual situação não existem santos e pecadores.
Como dizia Paulo Freire, a
educação não muda o mundo, transforma as pessoas. As pessoas é que transformam
o mundo.
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