Pronto, por agora a questão está
aquietada. A morte assistida ou a eutanásia são crime. Como escrevi ontem e
continuo a pensar, os ermos da discussão devem ser colocados na posição face à
despenalização e não no ser contra ou a favor da eutanásia, são questões
diferentes.
Escrevi também “Não sei o que
será o meu entendimento pessoal se e quando estiver em circunstâncias críticas,
imagino que quererei serenidade e dignidade.
Mas sei que não devo impedir
ninguém de recorrer à morte assistida sem que daí decorra um crime praticado
por alguém.
É uma decisão individual, que se
aplica no âmbito dos direitos individuais, nunca de um grupo político, de uma
religião ou de uma corporação profissional. Nenhum é dono da autodeterminação,
autonomia, da cidadania.”
Neste sentido e apesar de sempre
que temos uma votação no Parlamento se poder com razão recorrer ao chavão “é a
democracia a funcionar”, não posso deixar de ficar impressionado com o
espectáculo patético dos aplausos da CDS-PP e deputados do PSD que votaram contra e do silêncio da bancada do PCP que votou exactamente da mesma forma.
Um partido que tem na história a
luta pela liberdade votou contra liberdade, a começar pela liberdade de
consciência dos seus próprios deputados. Lamentável.
Esta narrativa segue na próxima legislatura.
Esta narrativa segue na próxima legislatura.
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