Pela mão de António Costa o TGV voltou
à agenda. Refiro-me ao comboio de alta velocidade (Train à Grand Vitesse). Um
dia destes estará a ser novamente discutido. Uns são favoráveis, sempre foram.
Outros são desfavoráveis, sempre foram. Alguns outros são favoráveis ou
desfavoráveis conforme o tempo e a circunstância. Também tenho, naturalmente, a
minha opinião sobre o TGV, não sou particularmente adepto, estou
mais preocupado como ideia que se instalou nos nossos estilos de vida TGV, Tudo
a Grande Velocidade.
De facto, acho que vivemos a vida
a uma velocidade que lhe retira qualidade.
O tempo, bem cada vez mais
escasso e precioso, não chega para toda a “montanha” de coisas
“super-importantes” e “fantásticas” que temos de fazer pelo que “passa a
correr”.
Corremos para o trabalho e para
casa, falta o tempo para os miúdos que correm para a escola e da escola para
“imensas” actividades que fazem “super-bem” a “montes” de aspectos.
Tudo é urgente, tudo é para
ontem. Com dúvidas sobre o amanhã, tudo tem que acontecer hoje. Ainda por cima hoje é carnaval.
Comemos à pressa, em pé, dormimos
à pressa, falamos, quando falamos, à pressa, amamos à pressa. O problema, como
se sabe, é que depressa e bem, não há quem.
É por isso, e porque cada dia dou
mais valor ao tempo, que não simpatizo com o TGV, Tudo a Grande Velocidade.
PS – Desculpem lá, isto não é
conversa para o tempo de Carnaval, o tempo de compormos genuínas máscaras de alegria e
diversão. Divirtam-se.
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