No DN encontra-se uma entrevista
interessante a Andreas Schleicher, quadro directivo da OCDE e responsável pelo
PISA.
O entrevistado, que se encontra
em Lisboa justamente para participar numa iniciativa sobre a evolução de Portugal
no PISA considera que “Portugal é a maior história de sucesso da Europa no PISA”.
Ao longo da entrevista elogia o
trabalho e progresso realizado e alerta para questões como a ainda elevada e
ineficaz retenção e a necessidade de investir em apoios precoces que minimizem o
risco de retenção que claramente atinge populações mas vulneráveis
economicamente.
Considera ainda importante a
existência de respostas educativas mais diferenciadas e capazes de acomodar as
diferenças entre alunos e a valorização do trabalho dos professores.
Como já tenho referido, os resultados
do PISA devem ser sublinhados e são importantes. Aliás, são mais importantes do
que discussão que na altura da divulgação dos dados ocorreu sobre a paternidade
do progresso. Foi quase patética a luta pela entrada na fotografia com muita
gente que deveria ter algum pudor a colocar-se em bicos de pés para aparecer. Sem surpresa parecia quase esquecido o trabalho de professores e
alunos.
No entanto e sem beliscar a importância
dos progressos registados no PISA voltava a uma outra ideia, existe Educação para
além do PISA.
Neste sentido retomo um documento
a que em Dezembro também fiz referência que foi publicado no The Guardian em 6
de Maio de 2014 que foi enviado a Andreas Schleicher por um grupo alargado,
significativo e de vários países de académicos e especialistas em educação ou
representantes de entidades a operar neste universo.
O documento, faz uma leitura muito
interessante do PISA e também contempla algumas sugestões para o seu desenvolvimento.
Um pequeno excerto para apelar à
leitura e, sobretudo, à reflexão.
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