Ainda uma nota sobre a manifestação de ontem. É que faltava a opinião do Primeiro-ministro. Ao fim deste tempo de legislatura, o Eng. Sócrates, lamentavelmente, tornou-se completamente previsível. Assim tivemos a habitual postura assente em meia dúzia de princípios dos quais relevam:
. A forma como o Engenheiro e o governo analisam e decidem os problemas da sociedade portuguesa não é uma forma é A forma. Tudo o resto são “ausência de alternativas” e gente que não quer mudar.
. O que o Engenheiro e o Governo decidem, estando obviamente certo, princípio acima, é de tal maneira inteligente e sofisticado que muitos cidadãos não entendem o seu alcance. Esta ideia já ontem tinha informado a reacção da ministra ao afirmar que, sendo a avaliação tão simples, os professores e as escolas é que complicam e “não se sabem organizar”.
. É evidente que como democrata afirmado, o Engenheiro tem que defender a existência e tolerar partidos, sindicatos e outras formas de organização política e cívica, mas estes que temos são demais, à excepção do PS, nunca apoiam nada, estão sempre contra. Um dia destes, o Engenheiro perde a paciência, no fundo, ele acha que o Alberto João é que tem razão.
. O Engenheiro acredita que o mundo, por vezes e à revelia dos conselhos de Santos Silva, acorda só para o arreliar. Como é que 120 000 ingratos, apenas 85% de uma classe profissional pequena como é o caso dos professores, não entendem a missão em defesa da escola pública que a Senhora Ministra empreendeu.
. A forma como o Engenheiro e o governo analisam e decidem os problemas da sociedade portuguesa não é uma forma é A forma. Tudo o resto são “ausência de alternativas” e gente que não quer mudar.
. O que o Engenheiro e o Governo decidem, estando obviamente certo, princípio acima, é de tal maneira inteligente e sofisticado que muitos cidadãos não entendem o seu alcance. Esta ideia já ontem tinha informado a reacção da ministra ao afirmar que, sendo a avaliação tão simples, os professores e as escolas é que complicam e “não se sabem organizar”.
. É evidente que como democrata afirmado, o Engenheiro tem que defender a existência e tolerar partidos, sindicatos e outras formas de organização política e cívica, mas estes que temos são demais, à excepção do PS, nunca apoiam nada, estão sempre contra. Um dia destes, o Engenheiro perde a paciência, no fundo, ele acha que o Alberto João é que tem razão.
. O Engenheiro acredita que o mundo, por vezes e à revelia dos conselhos de Santos Silva, acorda só para o arreliar. Como é que 120 000 ingratos, apenas 85% de uma classe profissional pequena como é o caso dos professores, não entendem a missão em defesa da escola pública que a Senhora Ministra empreendeu.
2 comentários:
Há já algum tempo que não consigo vir a este blog e confesso que isso me deixa frustrada. Não consigo vir a este blog, como não consigo sentar-me a ver um bom filme,como não consigo avançar no livro que tenho na mesa de cabeceira, como não consigo arranjar tempo para estar com quem gosto, família e amigos. E isto tudo porque, simplesmente, não tenho tempo. Quem me ler poderá pensar que sou apenas mais uma daquela classe de desocupados que agora até nem quer ser avaliada precisamente para não se ver o nada que faço. Não interessam as reuniões extraordinárias do Conselho Pedagógico a que pertenço e que se sucedem semana após semana; não interessam as reuniões de Departamento que se realizam ao mesmo ritmo; não interessam os mails diários com que me vejo obrigada a bombardear os dez colegas do meu Departamento, com documentação que, juntamente com outros, me vejo forçada a produzir; não interessa que a avaliação daqueles dez colegas esteja toda a meu cargo, porque não há mais titulares com quem possa dividir esta responsabilidade; não interessa que, sendo de Direito, tenha de assistir e avaliar aulas de História, Geografia, Filosofia, Psicologia, Sociologia, Contabilidade, Técnicas de Escritório...; não interessam as horas que passo há mais de quinze anos coordenando um jornal de escola,porque é uma das formas que encontro para contribuir para uma melhoria da autoestima dos meus alunos e de todos os outros que não são meus, mas que me procuram; não interessa estar a leccionar cursos profissionais ensinando disciplinas totalmente novas que nada têm a ver com a minha formação de base, mas para as quais o ME me acha convenientemente capacitada. Não interessa que só aos fins desemana tenha tempo para corrigir fichas, testes ou preparar aulas. Não interessa que, com 32 anos de ensino,me sinta tão profundamente infeliz numa profissão que sempre vivi como uma vocação.
Elfrida, não posso expressar mais do que solidariedade e esperar que, apesar de tudo, não desista
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