O Público de hoje dedica algumas páginas ao papel que o Primeiro-ministro atribui à comunicação e imagem, bem como aos seus processos de produção e gestão. Basicamente desde o famoso debate entre Kennedy e Nixon em 1960 que a comunicação social, sobretudo a televisão, passou a ter um papel fundamental na acção política de qualquer governo e regime. Nada de novo, portanto, relativamente ao peso que o Eng. Sócrates e equipa atribuem a esta matéria. Limitam-se aliás, a serem tão eficazes quanto possível no seu uso.
Qualquer de nós concordará que uma boa ideia mal “vendida” pode ser entendida como uma má ideia e, inversamente, uma má ideia bem “vendida” pode ser considerada como uma boa ideia. Sabemos também como todas as pessoas que profissionalmente contactam com outros, precisam de estratégias de comunicação eficazes de modo a potenciar o seu efeito. Como exemplo acabado e bem actual, temos os professores que, no seu trabalho diário, para além da competência científica, precisam de padrões elevados de competências de comunicação para aumentar a qualidade do seu trabalho junto dos interlocutores, alunos e pais por exemplo.
Dando por adquirido que as práticas estão dentro do quadro legal, do meu ponto de vista, a grande e difícil questão que se coloca neste universo, não é a utilização de um conjunto de ferramentas de comunicação, a que, simplificando, podemos chamar marketing, mas a regulação ética e moral dessa utilização. Existe uma ténue fronteira entre “boa estratégia de comunicação” e “manipulação”, existe uma linha estreita entre o que se deve dizer e o que se deve saber, considerando os conflitos de interesse em jogo, existe uma distância muito curta entre retratar a realidade e retratar a mesma realidade de diferentes ângulos e com diferentes indicadores, existe a possibilidade de passar todas as mensagens ou de privilegiar algumas mensagens, existe a possibilidade da dupla mensagem, ou seja, um discurso ao encontro do que se julga querer ouvir e uma prática que se avalia como necessária, etc. A questão é, assim, saber se a estratégia do governo em matéria de comunicação e imagem estando, desejo, nos limites da lei, respeita os limites da ética e os direitos individuais, como o direito à informação. Pessoalmente, devo dizer que, por vezes, me incomoda particularmente, o que oiço e vejo, quando sei, por que conheço, que a realidade não é o que me estão a vender.
De resto, lembremo-nos da mítica comparação de Rangel sobre a possibilidade da TV, tanto vender sabonetes como presidentes.
Qualquer de nós concordará que uma boa ideia mal “vendida” pode ser entendida como uma má ideia e, inversamente, uma má ideia bem “vendida” pode ser considerada como uma boa ideia. Sabemos também como todas as pessoas que profissionalmente contactam com outros, precisam de estratégias de comunicação eficazes de modo a potenciar o seu efeito. Como exemplo acabado e bem actual, temos os professores que, no seu trabalho diário, para além da competência científica, precisam de padrões elevados de competências de comunicação para aumentar a qualidade do seu trabalho junto dos interlocutores, alunos e pais por exemplo.
Dando por adquirido que as práticas estão dentro do quadro legal, do meu ponto de vista, a grande e difícil questão que se coloca neste universo, não é a utilização de um conjunto de ferramentas de comunicação, a que, simplificando, podemos chamar marketing, mas a regulação ética e moral dessa utilização. Existe uma ténue fronteira entre “boa estratégia de comunicação” e “manipulação”, existe uma linha estreita entre o que se deve dizer e o que se deve saber, considerando os conflitos de interesse em jogo, existe uma distância muito curta entre retratar a realidade e retratar a mesma realidade de diferentes ângulos e com diferentes indicadores, existe a possibilidade de passar todas as mensagens ou de privilegiar algumas mensagens, existe a possibilidade da dupla mensagem, ou seja, um discurso ao encontro do que se julga querer ouvir e uma prática que se avalia como necessária, etc. A questão é, assim, saber se a estratégia do governo em matéria de comunicação e imagem estando, desejo, nos limites da lei, respeita os limites da ética e os direitos individuais, como o direito à informação. Pessoalmente, devo dizer que, por vezes, me incomoda particularmente, o que oiço e vejo, quando sei, por que conheço, que a realidade não é o que me estão a vender.
De resto, lembremo-nos da mítica comparação de Rangel sobre a possibilidade da TV, tanto vender sabonetes como presidentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário