Um excelente trabalho do Público de hoje sobre as actividades de tempos livres dos miúdos em Portugal merece algumas notas.
Os dados referidos não são novos, já os comentámos aqui e sublinhamos apenas que as crianças portuguesas são as que mais usam a televisão nos tempos livres e das que menos recorrem a actividades de ar livre. Neste tipo de actividades, ar livre, é curioso referir que os maiores utilizadores são as crianças nórdicas, o que se deverá, provavelmente ao ameno e convidativo clima para actividades de ar livre.
A minha reflexão é um bocadinho mais radical, as crianças portuguesas, pura e simplesmente, não brincam. Não estou a falar das excepções, estou a falar da regra. Os miúdos levantam-se cedíssimo, acabam o último sono no banco de trás do carro do pai, ou na carrinha escolar, intoxicam-se de escola e de actividades de natureza escolar até ao fim da tarde, voltam aos bancos de trás do carro ou da carrinha, chegam tarde a casa e entre a novela, o banho, o jantar e, para muitos, algum trabalho de casa, gastam a última energia disponível antes da deita e de novo dia. Quando sozinhas, mesmo com os pais ao lado, aconchegam-se a um ecrã, este, pelo menos, não manda fazer nada. Pelo meio, muitos ainda são “convidados” a realizar actividades óptimas e que fazem um bem extraordinário ao seu desenvolvimento e os tornam montes de inteligentes e montes de criativos e montes de confiantes. Aos fins-de-semana fazem com os papás a ronda pelos centros comerciais. Os papás compram o consentimento e companhia dos miúdos com mais um jogo para a consola e, no fim, preparam-se para mais uma semana igual a todas as outras. As semanas dos putos que de tanto terem, não têm nada.
Os dados referidos não são novos, já os comentámos aqui e sublinhamos apenas que as crianças portuguesas são as que mais usam a televisão nos tempos livres e das que menos recorrem a actividades de ar livre. Neste tipo de actividades, ar livre, é curioso referir que os maiores utilizadores são as crianças nórdicas, o que se deverá, provavelmente ao ameno e convidativo clima para actividades de ar livre.
A minha reflexão é um bocadinho mais radical, as crianças portuguesas, pura e simplesmente, não brincam. Não estou a falar das excepções, estou a falar da regra. Os miúdos levantam-se cedíssimo, acabam o último sono no banco de trás do carro do pai, ou na carrinha escolar, intoxicam-se de escola e de actividades de natureza escolar até ao fim da tarde, voltam aos bancos de trás do carro ou da carrinha, chegam tarde a casa e entre a novela, o banho, o jantar e, para muitos, algum trabalho de casa, gastam a última energia disponível antes da deita e de novo dia. Quando sozinhas, mesmo com os pais ao lado, aconchegam-se a um ecrã, este, pelo menos, não manda fazer nada. Pelo meio, muitos ainda são “convidados” a realizar actividades óptimas e que fazem um bem extraordinário ao seu desenvolvimento e os tornam montes de inteligentes e montes de criativos e montes de confiantes. Aos fins-de-semana fazem com os papás a ronda pelos centros comerciais. Os papás compram o consentimento e companhia dos miúdos com mais um jogo para a consola e, no fim, preparam-se para mais uma semana igual a todas as outras. As semanas dos putos que de tanto terem, não têm nada.
1 comentário:
Lido com moços e moças da faculdade e alguns deles parecem que estão a viver uma segunda infância agora com a ajuda do psicólogo.
Abraço
A.C.
Enviar um comentário