Uma vez, numa terra igual a todas as terras, nasceu um rapaz ao qual, sem se perceber muito bem porquê e quem, começaram a chamar Nãoécapaz, um nome um bocado estranho.
De mansinho, sem quase se darem conta, as pessoas foram-se habituando a olhar para ele assim, Nãoécapaz. É verdade que o miúdo, na altura em que era miúdo, fazia imensas coisas e não fazia muitas outras. Claro, pensavam as pessoas sobre o que ele não fazia, Nãoécapaz.
O tempo da escola foi um tempo duro porque ao Nãoécapaz ninguém se preocupava a ensinar muita coisa pois, como é evidente, aprender é impossível para o Nãoécapaz. Acabou por sair da escola por uma porta pequenina, por onde saem os miúdos da mochila vazia.
Na vida adulta a entrada também foi discreta, própria de alguém a quem as pessoas chamam Nãoécapaz. A custo encontrou um trabalho desqualificado que ninguém aceitou e lhe permitiu ir sobrevivendo. Nenhuma pessoa se interessou por ele o suficiente para querer viver a vida ao seu lado. Entende-se, não é fácil encontrar alguém que se aproxime de um homem a quem chamam Nãoécapaz.
E assim foi toda a vida do Nãoécapaz, uma pessoa de quem nada se esperou e a quem nada se pediu. Quando morreu, foi preciso saber o seu verdadeiro nome. Afinal, chamava-se Pessoa, o homem a quem toda a gente, toda a vida, chamou Nãoécapaz.
De mansinho, sem quase se darem conta, as pessoas foram-se habituando a olhar para ele assim, Nãoécapaz. É verdade que o miúdo, na altura em que era miúdo, fazia imensas coisas e não fazia muitas outras. Claro, pensavam as pessoas sobre o que ele não fazia, Nãoécapaz.
O tempo da escola foi um tempo duro porque ao Nãoécapaz ninguém se preocupava a ensinar muita coisa pois, como é evidente, aprender é impossível para o Nãoécapaz. Acabou por sair da escola por uma porta pequenina, por onde saem os miúdos da mochila vazia.
Na vida adulta a entrada também foi discreta, própria de alguém a quem as pessoas chamam Nãoécapaz. A custo encontrou um trabalho desqualificado que ninguém aceitou e lhe permitiu ir sobrevivendo. Nenhuma pessoa se interessou por ele o suficiente para querer viver a vida ao seu lado. Entende-se, não é fácil encontrar alguém que se aproxime de um homem a quem chamam Nãoécapaz.
E assim foi toda a vida do Nãoécapaz, uma pessoa de quem nada se esperou e a quem nada se pediu. Quando morreu, foi preciso saber o seu verdadeiro nome. Afinal, chamava-se Pessoa, o homem a quem toda a gente, toda a vida, chamou Nãoécapaz.
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