Algumas notas, inevitáveis, em dia de manifestação de professores.
1 – Como sempre se diz, não se pode governar a partir da rua. No entanto, é também verdade que não se pode esquecer a rua. A realidade não é, como sempre digo, a projecção dos desejos dos políticos. Outra vez mais de 100 000 professores na rua, é demasiada rua.
2 – A Ministra, com um doutoramento em marketing político, fornecido pela máquina da propaganda no âmbito do Programa Novas Oportunidades, ganhou, por enquanto, a opinião pública e, sobretudo, a opinião publicada. A conferência de imprensa e a presença no jornal da RTP1 foi um excelente exemplo de manhosice política.
3 – A Ministra convence a opinião pública de que os professores não querem ser avaliados.
4 – Os professores não convencem a opinião pública, e a opinião publicada está contra si, de que querem ser avaliados.
5 – A luta dos professores, para além da rua, tem que ser nas escolas junto dos alunos e, sobretudo, dos pais.
6 – Insultos e mau gosto nas palavras de ordem não credibilizam e apoiam as posições dos professores. Afinal, são educadores.
7 – A Ministra não vai, obviamente, conseguir levar a água ao seu moinho. Como afirmou na RTP1 os professores “não entendem a mudança”, são gente que se intimida, é manipulável, são incapazes de se organizar adequadamente nas escolas, etc. A hipótese, consta, é mudar de professores. Virão, ao que se ouve, do Chile.
8 – Falar sem teleponto tem riscos. A Ministra, na conferência de imprensa da tarde, concluiu que as leis são para cumprir, “até por mim”, disse. É notável, de repente a Senhora Ministra descobriu que era gente, até tem que cumprir leis. Extraordinário, revelador mas não surpreendente.
9 – A PEC – Política Educativa em Curso, produziu o milagre assombroso de colocar o sistema (as escolas) à beira da implosão, sentida por TODOS os que conhecem as escolas e, simultaneamente, montar um discurso para convencer a opinião pública de que tudo, mas mesmo tudo, está bem. As notas sobem, os problemas são residuais e irrelevantes e, além disso, criados por uma imprensa hostil, qualificações para todos e em catadupa, acção social perfeita (quase), escola inclusiva (o que quer que isto seja) prometida para 2013, pessoal auxiliar suficiente, aliás, até em excesso nalguns agrupamentos, etc., etc., etc.
É mau, muito mau.
1 – Como sempre se diz, não se pode governar a partir da rua. No entanto, é também verdade que não se pode esquecer a rua. A realidade não é, como sempre digo, a projecção dos desejos dos políticos. Outra vez mais de 100 000 professores na rua, é demasiada rua.
2 – A Ministra, com um doutoramento em marketing político, fornecido pela máquina da propaganda no âmbito do Programa Novas Oportunidades, ganhou, por enquanto, a opinião pública e, sobretudo, a opinião publicada. A conferência de imprensa e a presença no jornal da RTP1 foi um excelente exemplo de manhosice política.
3 – A Ministra convence a opinião pública de que os professores não querem ser avaliados.
4 – Os professores não convencem a opinião pública, e a opinião publicada está contra si, de que querem ser avaliados.
5 – A luta dos professores, para além da rua, tem que ser nas escolas junto dos alunos e, sobretudo, dos pais.
6 – Insultos e mau gosto nas palavras de ordem não credibilizam e apoiam as posições dos professores. Afinal, são educadores.
7 – A Ministra não vai, obviamente, conseguir levar a água ao seu moinho. Como afirmou na RTP1 os professores “não entendem a mudança”, são gente que se intimida, é manipulável, são incapazes de se organizar adequadamente nas escolas, etc. A hipótese, consta, é mudar de professores. Virão, ao que se ouve, do Chile.
8 – Falar sem teleponto tem riscos. A Ministra, na conferência de imprensa da tarde, concluiu que as leis são para cumprir, “até por mim”, disse. É notável, de repente a Senhora Ministra descobriu que era gente, até tem que cumprir leis. Extraordinário, revelador mas não surpreendente.
9 – A PEC – Política Educativa em Curso, produziu o milagre assombroso de colocar o sistema (as escolas) à beira da implosão, sentida por TODOS os que conhecem as escolas e, simultaneamente, montar um discurso para convencer a opinião pública de que tudo, mas mesmo tudo, está bem. As notas sobem, os problemas são residuais e irrelevantes e, além disso, criados por uma imprensa hostil, qualificações para todos e em catadupa, acção social perfeita (quase), escola inclusiva (o que quer que isto seja) prometida para 2013, pessoal auxiliar suficiente, aliás, até em excesso nalguns agrupamentos, etc., etc., etc.
É mau, muito mau.
1 comentário:
já agora:
http://catalogosdoinfinito.blogspot.com/2008/11/professores.html
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