Depois do caso de Paulo Teixeira Pinto no BCP, agora Miguel Cadilhe no BPN. Ao que se sabe e vai sabendo, os problemas de gestão do BPN vêm de longe. É certo que a supervisão pelas estruturas do Banco de Portugal não terá funcionado. O Dr. Vítor Constâncio, naquele jeito manso de falar sem dizer nada, irá produzindo explicações não explicativas e o estado, com o nosso dinheiro, intervém para salvar o banco. Há uns meses atrás a estrutura de accionistas tentou que uma nova equipa de administradores, liderada pelo Dr. Miguel Cadilhe, procurasse recuperar o banco. O plano apresentado não terá merecido acolhimento, seguindo-se a recente “nacionalização” como forma de proteger os interesses de accionistas e depositantes/clientes. Onde o plano de recuperação do Dr. Miguel Cadilhe não falhou foi na protecção dos seus interesses pessoais. O Sr. Dr. fez bem. Entrando para a administração do BPN ficava em causa o recebimento da sua miserável reforma do BCP, outro modelo de virtudes na nossa banca, pelo que tratou de exigir a atribuição de uma modesta PPR no valor de uns irrelevantes 10 milhões de euros. O Sr. Dr. também já explicou que a “nacionalização” do BPN não põe em causa a pensão a que “tem direito”. Não tem problema, se for preciso mais qualquer coisinha podem utilizar o nosso dinheiro para proteger os interesses de quem, coitado, corre o risco de ser prejudicado. Como diz o povo “quem parte e reparte, se não fica com a melhor parte, ou é tolo, ou não tem arte”. Estes tipos são uns artistas.
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