Pelo DN numa conversa sobre o início do ano lectivo. Como tenho
afirmado, se o ano lectivo que passou terá sido o mais estranho, o próximo será
o mais importante.
No meio de tantas dúvidas e inquietações, talvez a única
certeza que tenhamos é de que para os alunos, sobretudo para os mais novos e os que têm
necessidades especiais é fundamental garantir até ao limite um espaço de ensino presencial.
Para que isto aconteça com o melhor resultado possível, algumas questões devem ser ponderadas.
São necessários recursos suficientes e oportunos, docentes, técnicos e funcionários, que
sustentem a consolidação e recuperação das aprendizagens e os apoios educativos
adequados às especificidades de cada comunidade educativa o que pressupõe um
espaço de autonomia das escolas robusto e regulado.
É necessário acautelar as questões de saúde em situações extremamente complexas considerando as idades dos alunos, os espaços de muitas escolas, o número de alunos por turma, a idade a situação de risco de muitos docentes, a necessidade de recursos digitais e de acessibilidade para escolas e alunos. Sabemos que não existe risco zero, mas também sabemos que precisamos de minimizar e ter planos preparados para responder a situações mais críticas.
Parece-me importante que se potencie o recurso aos suportes
digitais como ferramentas não como alternativas, com o uso mais generalizado,
diversificado regulado
Parece-me também essencial que seja construído um discurso
tranquilizador e informado para crianças e famílias que contribua para baixar
ansiedade e receios de uns e de outros. Discursos catastrofistas envolvendo as escolas e os professores, podem ser bem intencionados (ou remeterem para outras agendas), mas, do meu ponto de vista podem ser parte do problema e não parte da solução.
Foi destas questões que procurei falar apesar das circunstâncias
destes depoimentos, pelo telefone e na hora, não serem facilitadoras de
reflexão mais estruturada com o tanto que há para referir.
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