Partiu Vicente Jorge Silva. Acompanhei o seu trajecto desde
o Comércio do Funchal, o jornal cor de rosa que desafiava a censura e que por aqui
circulava com alguma cautela. Era o tempo escuro que importa não esquecer.
Acompanhei-o desde o início no Expresso e no Público e fui
mantendo o contacto com Vicente Jorge Silva.
Nem sempre de acordo com o que escrevia, lembro-me do famoso
episódio da “geração rasca”, mas com ideia de que Vicente Jorge Silva era um
Jornalista.
Hoje, mais do que nunca a imprensa precisa de Jornalistas. Mais Jornalistas e menos gente que ocupa os espaços daimprensa com designações diversas,
umas mais criativas que outras, ao serviço de agendas mais ou menos implícitas
que, demasiado frequentemente, produzem desinformação e não informação, que
constroem “fakenews” e “pós-verdades” e não ferramentas de análise e
conhecimento.
O Jornalismo fica mais pobre.
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