No Expresso encontra-se uma peça
referindo situações de escolas em que os alunos não têm acesso a recreio pelas
razões que se intuem.
Os alunos de cada turma, agora
chamam-se bolhas, permanecem no interior da sala de aula ou em corredores
contíguos durante os intervalos de 5 ou 10 minutos. Estão de máscara e podem
estar cinco horas nestas circunstâncias.
Que é isto, gente?
Em nome de quê? Da saúde dir-me-ão.
Será? Estas circunstâncias fazem bem à saúde? Não creio, na peça refere-se
situações de alunos com dificuldades de adaptação.
Parece-me claro que teremos de
minimizar riscos, mas não pode valer tudo e o resultado nem sequer é garantido.
Sabemos que os alunos, querem,
precisam, de estar na escola e, tanto quanto possível, em segurança.
No entanto, não podemos
transformar a escola numa prova duríssima e intoxicante para a saúde mental, e não
só, de todos os que nela desempenham funções.
Talvez possamos recorrer a
espaços alternativos para algumas das actividades que não exijam equipamentos
específicos, talvez sejam necessários mais recursos humanos.
Sim, talvez seja mais caro, mas não sei. Ponderando os efeitos negativos de meses de aulas naquelas condições vale a pena avaliar alternativas.
Em todo o caso, o objectivo das
políticas públicas é a promoção do bem-estar de todos com a utilização dos
recursos de todos. Depois é uma questão de prioridades. No fim será uma questão
de responsabilidade.
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