Mais um anúncio. Desta vez é que
é, mais 1500 funcionários serão contratados para as escolas e agrupamentos e ainda ficamos a saber que será concluído o longuíssimo processo de revisão dos rácios que determinam o
número de auxiliares de educação por escola e agrupamentos.
Será desta?
O primeiro dia de plena presença
dos alunos nas escolas mostrou o que se antecipava, as dificuldades de processar
de forma escorreita, eficiente e, tanto quanto possível dentro das orientações
em matéria de saúde, a entrada, estadia e saída das escolas. A situação agudizou-se
pois, para complicar, esteve um dia de chuva.
Era previsível que assim fosse, é
claro para quem conhece as escolas e a insuficiência do número de auxiliares de
educação. A situação actual torna ainda mais evidente essa questão e a urgência
da sua minimização.
Mais uma vez, os auxiliares de
educação, insisto na designação, desempenham e devem desempenhar um importante
papel educativo para além das funções de outra natureza que também assumem e
que exige a adequação do seu efectivo, formação e reconhecimento. No caso mais
particular de alunos com necessidades educativas especiais e em algumas
situações serão mesmo uma figura central no seu bem-estar educativo, ou seja,
são efectivamente auxiliares de acção educativa. A situação que atravessamos potencia
a importância do seu trabalho e da sua presença em número suficiente e com
estabilidade.
Considerando tudo isto parece
essencial o contributo dos auxiliares de educação para a qualidade dos
processos educativos. Assim, é imprescindível a sua presença em número
suficiente, que se mantenham nas escolas com estabilidade e que sejam formados,
orientados e valorizados na sua importante acção educativa. Nos tempos que
vivemos é ainda mais importante.
Qual será a parte que não se compreende?
A falta de auxiliares de
educação, evidentemente.
As políticas públicas, sendo
certo que muitas vezes têm uma natureza reactiva, o encerramento das escolas e
a resposta de emergência estruturada com ensino à distância em Março com um esforço gigantesco foi um exemplo, não podem ser
apenas reactivas.
É preciso que antecipem, planifiquem
e operacionalizem medidas de melhoria, neste caso em educação, face a problemas
identificados e significativos.
A falta de auxiliares de educação
é um deles.
E quando chegarão às escolas
estes novos 1500 funcionários. E serão mesmo novos? Chegam quando?
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