sábado, 19 de setembro de 2020

MAIS 1500 FUNCIONÁRIOS NAS ESCOLAS

 

Mais um anúncio. Desta vez é que é, mais 1500 funcionários serão contratados para as escolas e agrupamentos e ainda ficamos a saber que será concluído o longuíssimo processo de revisão dos rácios que determinam o número de auxiliares de educação por escola e agrupamentos.

Será desta?

O primeiro dia de plena presença dos alunos nas escolas mostrou o que se antecipava, as dificuldades de processar de forma escorreita, eficiente e, tanto quanto possível dentro das orientações em matéria de saúde, a entrada, estadia e saída das escolas. A situação agudizou-se pois, para complicar, esteve um dia de chuva.

Era previsível que assim fosse, é claro para quem conhece as escolas e a insuficiência do número de auxiliares de educação. A situação actual torna ainda mais evidente essa questão e a urgência da sua minimização.

Mais uma vez, os auxiliares de educação, insisto na designação, desempenham e devem desempenhar um importante papel educativo para além das funções de outra natureza que também assumem e que exige a adequação do seu efectivo, formação e reconhecimento. No caso mais particular de alunos com necessidades educativas especiais e em algumas situações serão mesmo uma figura central no seu bem-estar educativo, ou seja, são efectivamente auxiliares de acção educativa. A situação que atravessamos potencia a importância do seu trabalho e da sua presença em número suficiente e com estabilidade.

Considerando tudo isto parece essencial o contributo dos auxiliares de educação para a qualidade dos processos educativos. Assim, é imprescindível a sua presença em número suficiente, que se mantenham nas escolas com estabilidade e que sejam formados, orientados e valorizados na sua importante acção educativa. Nos tempos que vivemos é ainda mais importante.

Qual será a parte que não se compreende?

A falta de auxiliares de educação, evidentemente.

As políticas públicas, sendo certo que muitas vezes têm uma natureza reactiva, o encerramento das escolas e a resposta de emergência estruturada com ensino à distância em Março com um esforço gigantesco foi um exemplo, não podem ser apenas reactivas.

É preciso que antecipem, planifiquem e operacionalizem medidas de melhoria, neste caso em educação, face a problemas identificados e significativos.

A falta de auxiliares de educação é um deles.

E quando chegarão às escolas estes novos 1500 funcionários. E serão mesmo novos? Chegam quando?

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