Duas ou três coisas que me
parecem relativamente claras e simples.
Os estilos de vida, as exigências
de qualificação têm tornado gradualmente a escola mais presente e durante mais
tempo na vida de crianças e adolescentes e, consequentemente, com reflexos na
educação em contexto familiar.
Creio que já dificilmente se
entende que a “família educa e a escola instrói”.
Creio que já dificilmente se
entende que a escola forma “técnicos” e não cidadãos, pessoas, com
qualificações ao nível dos conhecimentos em múltiplas áreas. Aliás, se bem
repararem sempre falamos de sistemas de educação e não de sistemas de ensino e
ainda bem que assim é.
Creio que já dificilmente se
entende que o conhecimento é asséptico. O conhecimento, a sua produção e a sua
divulgação, tem, deve ter, sempre um enquadramento ético e não é imune a
valores.
Creio que os tempos mais recentes
são elucidativos de como a abordagem de matérias como Direitos Humanos;
Igualdade de Género; Interculturalidade; Desenvolvimento Sustentável; Educação
Ambiental; Saúde; Sexualidade; Media; Instituições e Participação Democrática;
Literacia Financeira e Educação para o Consumo; Segurança Rodoviária; Risco, Empreendedorismo;
Mundo do Trabalho, Segurança defesa e paz, Bem-estar animal e Voluntariado são
fundamentais ao longo do processo de formação de crianças, jovens e adultos.
Um sistema público de educação,
desde há muito de frequência obrigatória e progressivamente mais extenso com
qualidade é melhor ferramenta de promoção de igualdade de oportunidades, de equidade
e de inclusão. É através de uma educação global que se minimiza o impacto de condições
sociais económicas e familiares mais vulneráveis.
Assim, por estas razões
simples entendo que "Educação para a Cidadania" deve obrigatoriamente integrar o
trabalho desenvolvido na educação em contexto escolar. E para que assim se
mantenha juntei esta minha opinião à de outras pessoas que não sei se são “personalidades”,
mas com as quais, nesta questão, estou de acordo. Manifestamente.
2 comentários:
Concordo inteiramente com o que escreveu.
O tempo humano e civilizacional não dispensa a exigência educativa de uma cidadania atuante, aberta e interpelante. Daí, a relevância da Escola e da sua responsabilidade. Subscrevo ...
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