quinta-feira, 29 de agosto de 2019

GOSTEI DE LER, "O OUTRO LADO DO TAL DESPACHO"


Gostei de ler no Público, “O outro lado do tal despacho” de Manuel Soares, Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses.
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Os nossos filhos e netos passarão a olhar para os colegas transgénero com mais conforto, mais naturalidade, mais tolerância; deixarão de os achincalhar e diminuir. Isso é mau? Qual é a alternativa? Abandonar essas crianças e jovens à sua sorte, como se não fossem sujeitos de direito como os outros? Segregá-los em escolas separadas? Deixar que se suicidem em grande número? Não ver o sofrimento deles e das famílias? Aqui não se trata de ser conservador ou progressista, de ser de direita ou de esquerda, trata-se de saber como podemos fomentar, a partir da infância, nas escolas, o respeito pelos valores da autodeterminação, diversidade e privacidade e eliminar factores de diferenciação que potenciam discriminações e bullying, com resultados muitas vezes trágicos.
(…)
É apenas isto.
De facto, como escrevi em texto anterior no Atenta Inquietude, “Na verdade, uma preocupação com o minimizar de riscos de sofrimento de crianças e adolescentes nestas circunstâncias é uma questão de direitos e de natureza civilizacional no contexto das políticas e processos educativos.
O problema não está na agora tão afirmada “ideologia de género”, seja lá isso o que for, está num género de ideologias que não quer entender a realidade e as pessoas, sobretudo as pessoas que sofrem. (…)

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