Quando eu era miúdo, há algumas dezenas de anos, as
discussões com os meus amigos, qualquer que fosse o tema em discussão,
obedeciam a padrões relativamente estáveis. Negava-se o que o outro dizia, não
importa o que fosse, “não é nada assim”, questionava-se mais o interlocutor do
que a ideia que apresenta, “não sabes dada disso”, “tás a mentir”, envolvia-se
terceiros para dar força ao que se defendia, “o meu pai disse que era assim”,
etc.
Em muitas circunstâncias já não sabíamos muito bem o que estava a
discutir, estávamos todos aos gritos a “chamar nomes uns aos outros” e as
discussões raramente tinham uma conclusão convincente para as poucas ou muitas
partes envolvidas.
Hoje em dia, os miúdos já não discutem assim.
Hoje em dia, os políticos discutem assim.
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