Gostei de ler o texto de João
Ruivo, “Já cheira a férias”, que, anunciando as férias, estabelece um “caderno
de encargos” para o futuro em matéria de educação que me parece constituir uma
boa base de reflexão.
(…)
Mas, para que esse investimento pessoal e profissional resulte em
eficiência organizacional, torna-se indispensável que se conjuguem cinco
condições, ou objectivos básicos de intervenção: 1ª- Conceder aos educadores
autonomia de decisão quanto à elaboração de projectos curriculares, a partir de
um trabalho sistemático de indagação, partilhado com os seus colegas. 2ª-
Prestar especial atenção à integração da diversidade dos alunos, num projecto
de educação compreensiva, que atenda às características e necessidades
individuais. 3ª- Manter um alto nível de preocupação quanto ao desenvolvimento
de uma cultura de avaliação do trabalho individual e do funcionamento
organizacional das escolas. 4ª- Associar a flexibilidade à evolução, face ao
reconhecimento que os professores detêm diferentes ritmos para atingirem os
objectivos que os aproximem dos indicadores sociais da mudança. 5ª- Manter,
finalmente, uma grande abertura às propostas e às expectativas de participação
de todos os elementos da comunidade educativa, enquanto condição para promover
a ruptura que conduz à renovação.
Infelizmente, a última década não permitiu alimentar este tipo de
optimismos. Razões alheias ao crescimento profissional dos docentes, como o são
as ancoradas nas crises demográficas, ou em medidas de política educativa,
anunciavam tempos de ruptura, pouco favoráveis à reflexão serena sobre o futuro
da escola. (…)
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