Nada de novo.
O relatório do Observatório da
Deficiência e Direitos Humanos, “Pessoas com Deficiência em Portugal —
Indicadores de Direitos Humanos 2017”, ontem divulgado é claro nos constrangimentos
que afectam os alunos com necessidades educativas especiais, as pessoas com
deficiência e respectivas famílias no seu quotidiano.
Nas escolas continuam a faltar
recursos, muitos alunos com necessidades especiais passam demasiado tempo em
espaços específicos, os níveis de participação em actividades comuns da
comunidade escolar são baixos, etc.
Os apoios especializados assentes
num modelo errado, são quase caricaturais no tempo disponibilizado.
Tudo isto se passa em nome da
inclusão, evidentemente.
É verdade que quando conhecemos a percentagem
de alunos com necessidades educativas especiais que estão a frequentar a
escolas regulares a visão é simpática.
A questão é que apesar das muito
boas experiências fruto da qualidade e empenho da maioria dos docentes, de
ensino regular e especializados, dos directores, dos técnicos, dos
auxiliares, dos pais e encarregados de educação, muitos alunos
com necessidades educativas especiais não estão “integrados”, estão “entregados”.
Em nome da inclusão, é claro.
Como muitas vezes digo, nesta área o sistema é verdadeiramente inclusivo, acomoda toda a diversidade de práticas, desde a excelência ao atropelo dos direitos de alunos e famílias.
Como muitas vezes digo, nesta área o sistema é verdadeiramente inclusivo, acomoda toda a diversidade de práticas, desde a excelência ao atropelo dos direitos de alunos e famílias.
De resto e porque o universo das
pessoas com deficiência é coerente, o Relatório sublinha continuidade dos
níveis muito altos de pobreza e desemprego que as afecta, bem superiores ao que
passa com a restante população.
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