sábado, 30 de dezembro de 2017

À MESA NAS ESCOLAS

Lê-se no Público que a ASAE desencadeou 23 processos em escolas depois de uma acção de fiscalização às cantinas escolares.
A inspecção envolveu 129 no final do 1º período, portanto depois de vários casos de falta de qualidade e quantidade divulgados na imprensa e redes sociais.
Com o turismo em alta a restauração é habitualmente referida como uma das dimensões mais atractivas do nosso país. Felizmente os turistas, nacionais ou estrangeiros, não são clientes das cantinas escolares. Teriam de ser criteriosos na escolha.
As queixas têm sido recorrentes e abrangentes, referem a quantidade, a qualidade de alimentos e confecção e o próprio serviço, comida fria por exemplo.
Não é possível que se sucedam casos desta natureza e qua fiscalização pareça acontecer após as denúncias.
A escola, também na forma como os miúdos se alimentam, deve merecer a confiança da comunidade.
Nesta matéria estarão envolvidas questões relativas aos modelos de serviço, em outsourcing e sem regulação apropriada, a tentação do aumento do lucro hipotecando quantidade, qualidade e serviço, negligência e falta de fiscalização, pessoal insuficiente, etc., incluindo um acidente sempre possível.
A tudo isto importa dar resposta, nenhuma dúvida sobre isso.
No entanto, a fiscalização do serviço prestado por parte das entidades responsáveis não pode parecer reactiva, exige-se que seja preventiva. Não se pode falhar num serviço desta natureza. Trata-se do bem-estar dos miúdos e não só.

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