Nos últimos anos instalou-se no
discurso de múltiplas figuras com responsabilidades políticas (mas não só) duas expressões
que se tornaram impossíveis de ouvir sem um sobressalto. São elas o “sentido de
estado” e a “consciência tranquila”.
Na verdade, imensas figuras que evidenciam comportamentos absolutamente deploráveis do ponto de vista ético e político e
mesmo de natureza criminal sempre afirmam que o que disseram ou fizeram foi com
“sentido de estado” e estão com a consciência tranquila.
Na maioria das situações estas
afirmações são um insulto à nossa inteligência e sustentam a baixa
credibilidade que a generalidade da classe merece por parte dos cidadãos e o
afastamento destes do envolvimento cívico reduzido quase exclusivamente às
incidências da partidocracia e ao aparelhismo partidário onde se aprende o “sentido
de estado” e as técnicas de “tranquilização da consciência”.
Na verdade, em milhentas
situações e de escala variável na “dimensão” das figuras envolvidas, “sentido
de estado” remete mais para “servi-me do estado” e o recurso a “consciência
tranquila” só pode justificar-se pelo ignorar intencional do que significa
consciência.
Onde estão os meus "Vomidrine”? É uma náusea!
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