quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SÓ PRECISA DE UM MAS TEM QUE LEVAR DOZE

Passados dois anos sobre a legislação que passou a permitir a venda de alguns medicamentos em quantidades individualizadas, a chamada unidose, segundo o Público, a farmácia do Hospital de S. João, no Porto, foi até hoje a única que recebeu autorização para o fazer. Terá existido uma outra candidatura que não se concretizou.
Não conheço naturalmente, os meandros deste complexo universo do medicamento. Apenas sei, é público, que somos dos países que mais gastamos em fármacos e que esta despesa tem um peso importante no orçamento do SNS.
Tenho alguma dificuldade em perceber a razão da quase nula adesão ao princípio da unidose mas acredito dever-se à acção do lobby da Apifarma e da Associação Nacional de Farmácias.
Não entendo porque não são desencadeadas medidas que visem aumentar e incentivar o recurso à unidose. A manutenção desta situação, servindo naturalmente os interesses de fabricantes e distribuidores de medicamentos, é altamente penalizante para o consumidor que compra o que não precisa e para o estado que gasta milhões de euros em comparticipações para produtos que não vão ser utilizados.
Há uns meses atrás, a realização de um exame de rotina obrigou-me à toma de um, apenas um, comprimido. Dirigi-me à farmácia e, fui obrigado a isso, comprei uma embalagem de 12 com o óbvio desperdício do restante.
Apesar da pressão e das “desvantagens” e “riscos” referidos pela indústria, importa que se assuma a coragem de medidas políticas acertadas defensoras da economia, da eficácia e do combate ao desperdício. Cada vez mais a voz dos cidadãos tem que causar sobressaltos, não é só na vida política.

2 comentários:

Anónimo disse...

cada vez a voz dos cidadãos (e funcionários com ADSE) imbecilizados se faz mais ouvir

mas infelizmente não conseguem ouvir a razão dos outros

são imbecis congénitos e ambientalmente induzidos

quando um zurra ou despeja qualquer coisa os outros imitam-no

Isso é pensamento unidose? disse...

Ou deriva da urbanidade?
Geralmente a ruralidade tem melhor senso prático.