Quando eu era miúdo usava-se com frequência a expressão "o cabo dos trabalhos" para designar algum problema ou situação mais difícil de ultrapassar.
Lembrei-me desta frase a propósito da afirmação do Secretário de Estado-adjunto, Carlos Moedas, de que há ainda muito "trabalho por fazer". A tradução desta frase parece clara, as dificuldades e sacrifícios estão longe de desaparecer, antes pelo contrário, vão avolumar-se. Apesar dos sucessivos alertas de vários quadrantes, por exemplo do ex-bispo de Setúbal, sobre o impacto social e as reacções imprevisíveis dos cidadãos a novas medidas do que se convencionou chamar de "austeridade", o rumo parece ser a penalização mais óbvia dos rendimentos(?) do trabalho e a taxação do consumo.
No Público do passado Domingo mostrava-se o universo de habilidades fiscais e administrativas de que a quase totalidade das grandes empresas e grupos económicos se servem para contornar a fiscalidade em Portugal, o recurso a paraísos fiscais é esmagador nos números e afrontoso na ética e equidade, mas como disse na altura, o dinheiro não tem pátria, ética ou moral.
Hoje no I pode ver-se o que o jornal chamou "o monstro da Madeira" a enorme máquina administrativa e a quantidade de empresas públicas que custam milhões, muitos milhões, aos contribuintes sem eficácia e justificação, situação que tem, obviamente paralelo em todo o território nacional.
Por outro lado, as contas públicas hoje divulgadas não são particularmente animadoras, acentuando o clima recessivo em que mergulhámos pelo que não auguram nada de bom.
Definitivamente, isto vai ser o cabo dos trabalhos.
2 comentários:
Nã há duas sem três...
geralmente inté são em maiores números
é o cabo dos trabalhos
e há uma rapariga mas nã há sexo...
é um conto de phadas muito mau
e a transparência fica
aquém do mito da invisibilidade
(resumindo: é pouco ambicioso inda por cima)
nem conto de phadas nem de phodas
unfri
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Publicada por O Senhor dos Queijos em Atenta Inquietude a 24 de Agosto de 2011 00:44
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Zé Morgado noreply-comment@blogger.com para mim
mostrar detalhes 00:58 (há 1 hora)
Zé Morgado deixou um novo comentário na mensagem "O RAPAZ TRANSPARENTE":
Pela segunda vez decidi remover um comentário. É um acto de que não me orgulho, não defendo, mas acredito que a comuni cação (tubarão vermelho só dá em tamanho pequenino?) tem limites de urbanidade.(Ur Banalidade, Ur já caiu há muito) Será coisa em desuso mas ainda assim ... é de usar
.com para mim?
gradecido
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