Deixando de lado esse cenário mal frequentado que é a nossa cena política, deixem que vos fale de um dos rituais familiares no meu Alentejo, a ida à Feira dos Santos, no Alvito,
Lá estive hoje. Fiquei um bocadinho decepcionado. A feira mudou de lugar, realiza-se agora no … claro, recinto da feira. Creio que para os feirantes será um melhor espaço de trabalho, embora, ao que ouvi a opinião não seja unânime, o meu amigo Carlos Arroz, aliás, o Mestre dos Presuntos, preferia a localização anterior, nas ruas da vila. Eu também, gostava de ver o largo da Pousada e o largo grande, bem como as ruas cheias de gente, sabia onde ia procurar o Velho de Montoito que trazia uns queijinhos e umas merendeiras de ovelha que nem vos conto, lamentavelmente, estava só a filha, o Velho queijeiro partiu. Sabia onde encontra a senhora que tinha sempre boas castanhas. Sabia onde encontrar uma gente simpática que vinha do Algarve com as amêndoas e os figos secos em vários tons. Sabia onde encontrar um velhote que me fornece as réstias de alhos para semear e o feijão para cozer no lume de chão quando chegar o frio. Sabia onde encontrar os chapéus de palha, gasto um por ano. E cumpria outra obrigação, o pecado anual contra o colesterol, um paio do cachaço, uma especialidade vendida pelo Mestre Arroz.
É certo que acabei por os encontrar, mas gostava mais da “velha” Feira dos Santos. Provavelmente, este é outro sinal de que o tempo me começa a pesar, o apego à tradição e uma desconfiança face às modernices.
À saída ainda encontrei o Ti António Pereira de Vila Nova que também vinha feirar. Deixámos combinada uma tarde de lérias lá no monte.
Apesar de tudo, para o ano, se cá estivermos, como diz o Mestre Zé Marrafa, lá voltarei à Feira dos Santos, no Alvito. Passem por lá.
Lá estive hoje. Fiquei um bocadinho decepcionado. A feira mudou de lugar, realiza-se agora no … claro, recinto da feira. Creio que para os feirantes será um melhor espaço de trabalho, embora, ao que ouvi a opinião não seja unânime, o meu amigo Carlos Arroz, aliás, o Mestre dos Presuntos, preferia a localização anterior, nas ruas da vila. Eu também, gostava de ver o largo da Pousada e o largo grande, bem como as ruas cheias de gente, sabia onde ia procurar o Velho de Montoito que trazia uns queijinhos e umas merendeiras de ovelha que nem vos conto, lamentavelmente, estava só a filha, o Velho queijeiro partiu. Sabia onde encontra a senhora que tinha sempre boas castanhas. Sabia onde encontrar uma gente simpática que vinha do Algarve com as amêndoas e os figos secos em vários tons. Sabia onde encontrar um velhote que me fornece as réstias de alhos para semear e o feijão para cozer no lume de chão quando chegar o frio. Sabia onde encontrar os chapéus de palha, gasto um por ano. E cumpria outra obrigação, o pecado anual contra o colesterol, um paio do cachaço, uma especialidade vendida pelo Mestre Arroz.
É certo que acabei por os encontrar, mas gostava mais da “velha” Feira dos Santos. Provavelmente, este é outro sinal de que o tempo me começa a pesar, o apego à tradição e uma desconfiança face às modernices.
À saída ainda encontrei o Ti António Pereira de Vila Nova que também vinha feirar. Deixámos combinada uma tarde de lérias lá no monte.
Apesar de tudo, para o ano, se cá estivermos, como diz o Mestre Zé Marrafa, lá voltarei à Feira dos Santos, no Alvito. Passem por lá.
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