O ensino superior em Portugal é, como muitíssimas outras áreas, vítima de equívocos e de decisões políticas nem sempre claras. Uma das grandes dificuldades que enfrenta prende-se com a demissão de uma função reguladora da tutela que, sem ferir a autonomia universitária, deveria minimizar o completo enviesamento da oferta, pública e privada, que se verifica, Um país com a nossa dimensão são suporta tantos estabelecimentos de ensino superior, sobretudo, se atentarmos na qualidade. As regiões e autarquias reclamam ensino superior com a maior das ligeirezas.
Nesta matéria, a falta de qualidade, creio que o próximo trabalho de Avaliação e Acreditação mostrará isso mesmo. Este enviesamento alimenta a formação em áreas menos necessárias e não promove a formação em áreas carenciadas. Tal facto, conjugado com o baixo nível de desenvolvimento do país e com uma opinião publicada pouco cuidadosa na informação, leva a que se tenha instalado o equívoco dos licenciados a mais e destinados ao desemprego, quando continuamos a ser um dos países da UE com menos licenciados, já o disse aqui muitas vezes.
Esta rede e o actual modelo de financiamento leva ainda a que, como sublinhou o reitor da Univ. de Évora, a sustentabilidade económica esteja ameaçada, e não será só o caso desta Universidade.
Uma outra nota, agora sobre o processo de Bolonha que, do meu ponto de vista e já o tenho referido, tem na base um problema económico, ou seja, o financiamento público do ensino superior nos países aderentes e menos uma questão curricular e de mobilidade que se resolveria com alguma facilidade sem se ter alterado a estrutura académica dos cursos, se fosse verdadeiramente essa a questão, outro equívoco.
Neste quadro, seria necessária uma intervenção do Ministério corajosa, sólida e concertada com as instituições para que o modelo de organização, financiamento e avaliação do ensino superior público e privado fosse, como precisa, urgentemente reestruturado. Tal caminho, com algumas dores pelo meio, parece-me imprescindível.
Nesta matéria, a falta de qualidade, creio que o próximo trabalho de Avaliação e Acreditação mostrará isso mesmo. Este enviesamento alimenta a formação em áreas menos necessárias e não promove a formação em áreas carenciadas. Tal facto, conjugado com o baixo nível de desenvolvimento do país e com uma opinião publicada pouco cuidadosa na informação, leva a que se tenha instalado o equívoco dos licenciados a mais e destinados ao desemprego, quando continuamos a ser um dos países da UE com menos licenciados, já o disse aqui muitas vezes.
Esta rede e o actual modelo de financiamento leva ainda a que, como sublinhou o reitor da Univ. de Évora, a sustentabilidade económica esteja ameaçada, e não será só o caso desta Universidade.
Uma outra nota, agora sobre o processo de Bolonha que, do meu ponto de vista e já o tenho referido, tem na base um problema económico, ou seja, o financiamento público do ensino superior nos países aderentes e menos uma questão curricular e de mobilidade que se resolveria com alguma facilidade sem se ter alterado a estrutura académica dos cursos, se fosse verdadeiramente essa a questão, outro equívoco.
Neste quadro, seria necessária uma intervenção do Ministério corajosa, sólida e concertada com as instituições para que o modelo de organização, financiamento e avaliação do ensino superior público e privado fosse, como precisa, urgentemente reestruturado. Tal caminho, com algumas dores pelo meio, parece-me imprescindível.
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