Em diferentes circunstâncias lembro-me de alguns dos trabalhos notáveis de António Variações, acho muitas das letras que cantava excelentes retratos de uma sociedade que perdura, no melhor e no pior.
Hoje, ouvi alguns relatos e experiências de vida de algumas crianças e adolescentes e do mal-estar em que vivem. Este mal-estar traz dores, umas vezes mais mansas outras mais ruidosas e lembrei-me de novo do António Variações. Dizia ele em “Estou além” que “Vou continuar a procurar a minha forma, o meu lugar porque até aqui só: estou bem onde não estou …”. Acho lindíssima e feliz esta formulação que espelha muito bem como muitos de nós, sobretudo miúdos a quem falta, por exemplo, um aconchego familiar, se sentem, perdidos e, portanto, à procura.
À procura de si, à procura de outros, à procura de caminhos, à procura de um porto de abrigo, no fundo, à procura do seu lugar.
Esta procura cumpre-se às vezes sem fim, outras com mau fim e a maioria com sucesso, ou seja, cada um vai encontrar o seu lugar.
Enquanto não, só se está bem onde não se está, pelo que nunca se está bem. E nota-se. Nota-se os miúdos que não estão bem, não estão bem na escola, não estão bem em casa, não estão bem consigo, não estão bem com os outros. Só estão bem onde não estão.
Como não acredito no destino, acredito que é possível ajudar os miúdos a procurar o seu lugar. Como sempre, é preciso estar atento. Às dores, mesmo as mansas.
Hoje, ouvi alguns relatos e experiências de vida de algumas crianças e adolescentes e do mal-estar em que vivem. Este mal-estar traz dores, umas vezes mais mansas outras mais ruidosas e lembrei-me de novo do António Variações. Dizia ele em “Estou além” que “Vou continuar a procurar a minha forma, o meu lugar porque até aqui só: estou bem onde não estou …”. Acho lindíssima e feliz esta formulação que espelha muito bem como muitos de nós, sobretudo miúdos a quem falta, por exemplo, um aconchego familiar, se sentem, perdidos e, portanto, à procura.
À procura de si, à procura de outros, à procura de caminhos, à procura de um porto de abrigo, no fundo, à procura do seu lugar.
Esta procura cumpre-se às vezes sem fim, outras com mau fim e a maioria com sucesso, ou seja, cada um vai encontrar o seu lugar.
Enquanto não, só se está bem onde não se está, pelo que nunca se está bem. E nota-se. Nota-se os miúdos que não estão bem, não estão bem na escola, não estão bem em casa, não estão bem consigo, não estão bem com os outros. Só estão bem onde não estão.
Como não acredito no destino, acredito que é possível ajudar os miúdos a procurar o seu lugar. Como sempre, é preciso estar atento. Às dores, mesmo as mansas.
Sem comentários:
Enviar um comentário