Era uma vez um rapaz chamado
Máquina o que na verdade é um nome estranho. Acontece que desde muito pequeno
as pessoas se espantavam com as suas qualidades e por isso lhe chamavam Máquina,
uma Máquina perfeita.
Quando entrou na escola a
perfeição e facilidade com que aprendia e resolvia as tarefas tornaram o Máquina também uma máquina aos olhos de colegas e professores.
Como é de esperar quando se é mais
novo, o Máquina habitou-se e gostava de se sentir uma máquina, sempre a
funcionar bem, sempre a fazer o trabalho que se esperava com a maior das
perfeições. Um pouco mais crescido, aí pelos catorze anos a coisa começou a alterar-se
até de forma rápida e incompreensível. O Máquina, começou, por assim dizer a
falhar, distraía-se nas aulas, esquecia-se de realizar os trabalhos, não
completava ou apresentavam erros nunca antes cometidos.
Depois de tantos anos de
funcionamento perfeito era com alguma perplexidade que professores e pais
assistiam a esta mudança do Máquina que, estranhamente e para acentuar a
perplexidade, andava com um ar feliz e contente que nunca lhe tinham conhecido
em anos de excelência e perfeição.
O Máquina tinha um segredo,
tinha-se apaixonado pela Joana e ela disse que sim.
As pessoas estão sempre
convencidas de que as Máquinas não têm coração.
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