A agência francesa de saúde pública lançou um novo alerta a
partir de estudos realizados relativos à exposição excessiva das crianças aos ecrãs, sobretudo nas crianças até aos três anos aos ecrãs.
Foram identificados riscos no desenvolvimento, registando-se
compromissos significativos no desenvolvimento da linguagem. Os riscos aumentam
quando, como é frequente, a presença excessiva em frente de um ecrã está
associada a um menos nível de interacção com adultos, designadamente com os
pais.
Sublinhe-se que a OMS tem vindo recorrentemente a
desaconselhar o contacto com ecrãs em crianças até aos dois anos e com
prudência e limites entre os dois e os cinco. Identifica também os riscos
associados ao excesso, promoção de estilos de vida sedentários, obesidade, falta
de qualidade e tempo de sono ou alterações no desenvolvimento.
Como tantas vezes já tenho referido o ecrã, qualquer ecrã, é
hoje a “baby-sitter” de muitíssimas das nossas crianças e adolescentes que
neles, ecrãs, passam um tempo enorme “fechados”, às vezes
"acompanhados" de outros miúdos tão sós quanto eles.
Acontece também que, como referido acima, durante o período
de sono e sem regulação familiar muitas crianças e adolescentes estarão diante
de um ecrã, pc, tv ou "smartphone". Com é óbvio, esta situação não pode
deixar de implicar consequências nos comportamentos durante o dia, sonolência e
distracção, ansiedade e, naturalmente, o risco de falta de rendimento escolar
num quadro geral de pior qualidade de vida.
Comer é necessário faz bem às crianças, mas comer excessivamente e
produtos de má qualidade, provoca sérios problemas de saúde. Que se eduque o
consumo, sem se diabolizar ou exaltar o produto.
Estas matérias, a presença das novas tecnologias na vida dos
mais novos, são problemas novos para muitos pais, alguns deles com níveis
baixos de alfabetização informática como constato em muitas conversas que
mantenho com grupos de pais.
Considerando as implicações sérias na vida diária e que só
estratégias proibicionistas não são muito eficazes, importa que se reflicta
sobre a atenção e ajuda destinada aos pais para que a utilização imprescindível
seja regulada e protectora da qualidade de vida das crianças e adolescentes.
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