Por iniciativa habitual da Porto
Editora está em curso o processo de escolha da palavra do ano, ou seja,
palavras que possam marcar o ano que está a findar. As palavras candidatas
serão “Desinformação”, “Jerricã”, “Lítio”, “Multipartidarismo”, “Influenciador”,
“Nepotismo”, “Seca”, “Sustentabilidade”, “Trotinete” e “Violência”. Aguarda-se com
ansiedade o resultado da votação online que decorrerá até ao final do ano.
Por curiosidade recordemos as palavras escolhidas nos anos anteriores como "retrato" do tempo. Em 2009 tivemos “esmiuçar”, em 2010 “vuvuzela”, em 2011
“austeridade”, em 2012 “entroikado”, em 2013 “bombeiro”, em 2014 “corrupção”,
em 2015 “refugiado” em 2016 “geringonça”, em 2017 “incêndios” e em 2018 “enfermeiro”.
A propósito do significado e da
escolha das palavras representativas de um tempo recordo a "Invenção do
Dia Claro" em que Almada Negreiros dizia, "Nós não somos do século
de inventar palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de
inventar outra vez as palavras que já foram inventadas”.
Talvez fosse mesmo boa ideia
inventar outra vez palavras já inventadas e que não constam da lista
final da qual sairá a palavra do ano.
Estou a pensar em como seria
interessante inventar outra vez, desta vez mais a sério, palavras como
solidariedade, equidade, justiça, ética, seriedade, humildade, democracia,
dignidade, inclusão, tolerância, etc.
Mas ainda não será este o ano estas palavras marcarão os tempos.
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