No âmbito de uma investigação em curso foi encontrado pela PJ perto de
um milhão de euros em ouro e notas bem arrumadinhos na banheira de hidromassagem
da casa presidente do grupo de colégios privados GPS. Poder-se-á tratar de um
caso de lavagem de dinheiro com massagem incluída mas será sempre um caso de
polícia que se espera resolvido com celeridade e transparência.
No entanto, a questão central é a
natureza das políticas públicas.
Parece ser claro que que ao longo
de décadas os dispositivos de apoios estatal a estruturas privadas tem
assentado em modelos de regulação ineficazes que assenta na desregulação que,
evidentemente, sai cara aos contribuintes mas, por outro lado, alimenta uma
política amigável para os interesses privados. Quase toda a história das PPP é
elucidativa. E lamentável, acrescente-se.
Por estas e muitas outras razões
é de uma enorme desfaçatez mascarar os negócios da educação, legais ou ilegais,
com referências à liberdade de educação.
Parece-me tudo bastante mais
claro se falarmos em liberdade de mercado mas prescindindo do dinheiro público
para o financiamento de negócios privados a não ser, obviamente, quando é
prestado efectivamente serviço público de educação.
No fim, ainda restará a
delinquência como parece ser o caso em investigação. A ver vamos como acaba.
Confesso que acho que sairá mais um rato da montanha.
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