sábado, 13 de outubro de 2018

CRÓNICA DE UMA DEMISSÃO ANUNCIADA


Pronto, o Ministro da Defesa caiu. Desde o início todo o episódio das armas roubadas em Tancos e devolvidas na Chamusca era uma espécie de crónica de uma demissão anunciada.
Como é habitual nestas situações apesar da sua raridade vai falar-se de sentido de estado, responsabilidade e princípios, blá, blá, blá.
No entanto e como também é habitual, tanto mais num Ministro da Defesa, os ministros sempre que caem têm excelentes pára-quedas e “aterram” num lugar “fofo”. A sua competência, sentido de estado, princípios e ética republicana assim o determinam.
Às vezes também acontece que façam uma curta travessia do deserto para que a poeira assente. É sabido, como disse um ministro que também caiu, que “há muita fraca memória”. Aliás o autor também aterrou num lugar fofo depois da queda. 
A ver vamos onde aterra Azeredo Lopes.

PS - Reparei agora ao aceder ao Público online que este texto tem o mesmo título da peça de Manuel Carvalho sobre a mesma questão. Trata-se uma coincidência lamentável, até porque tinha escrito o texto ontem à noite para o divulgar hoje de manhã.

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