Em linha com o que se tem
verificado desde o seu início, em 2014/2015, a oferta e a procura pelos Cursos Técnicos Superiores Profissionais tem vindo a aumentar significativamente. Em
14/15 começou com 395 alunos, em 15/16 já se inscreveram 6430, em 16/17 disparou
para 11048 e em 17/18 estavam inscritos12771 alunos. Os dados disponíveis para
o ano que agora se vai iniciar sugerem para além da subida das vagas
disponíveis, cerca de 15000, um aumento de 15% na procura.
Os Cursos Técnicos Superiores
Profissionais substituíram os cursos de especialização tecnológica, têm a
duração de dois anos, não conferem grau académico e têm um modelo de natureza
fortemente prática e próxima do contexto laboral das instituições. São
exclusivamente disponibilizados no ensino politécnico.
Trata-se de uma notícia positiva.
No entanto, não podemos nem devemos
esquecer a importância da qualificação de nível superior com acesso a grau e
que a oferta de qualificação superior não deve estar exclusivamente subordinada
ao mercado de trabalho, quer pela sua volatilidade, quer pelo papel de inovação
e desenvolvimento que se espera do ensino superior universitário.
Muitas vezes afirmo que o
abandono e insucesso escolar são, quase sempre, a primeira etapa da exclusão
social.
Portugal, apesar da evolução
registada, tem ainda níveis significativos de abandono escolar precoce, um
número muito elevado de jovens que nem estudam, nem trabalham e uma taxa de
licenciatura abaixo da média europeia e com dificuldade em cumprir os
objectivos fixados nesta matéria no âmbito da UE para 2020.
A qualificação é a melhor forma
de promover desenvolvimento e cidadania de qualidade pelo que apesar de ser um
bem caro para muita gente ... é imprescindível.
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