Nesta altura de início de ano lectivo multiplicam-se na imprensa as referências ao universo da educação. Boa parte delas tratam os problemas e inquietações em torno dos professores, justamente o grupo que tal como os alunos mais precisa de serenidade no seu trabalho.
No DN e a propósito do envelhecimento significativo e
preocupante, mas previsível, da classe docente, encontra-se uma entrevista com David Erlich, professor de Filosofia que, com 33 anos, integra o grupo de 1,1%
de professores com menos de 35 anos.
Gostei de ler a entrevista, merece reflexão, e devolve-nos
algum esperança e optimismo. Também transmite alguma serenidade bem necessária a
um universo atolado em burocracia e enredado em inúteis procuras de “nova
escola”, “novos professores”, “novos paradigmas”, “projectos inovadores”, “iniciativas”
“novas filosofias”, etc.
Sabemos que os velhos não sabem tudo e os novos nem sempre
trazem novidade. Mas também sabemos que qualquer grupo profissional exige
renovação por diferentes razões incluindo emocionais, de suporte, partilha de
experiência ou pela diversidade.
Sabemos que os sistemas educativos com melhor desempenho são
também os sistemas em que os professores são mais valorizados, reconhecidos e
apoiados.
Parece clara a necessidade urgente de definir uma resposta
oportuna e consistente a este trajecto.
Não parece difícil perceber porquê.
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