Nas duas últimas semanas chegaram as primeiras chuvas ao Alentejo. Por pouco não se cumpria a tradição de termos chuva na Feira d´Aires que se realiza este fim-de-semana neste canto alentejano.
Desde há muitos meses, demasiados
meses, que tal não acontecia e o calor foi áspero. A terra gretada e
desesperada por água agradeceu, já está a mudar de cor para um castanho mais
escuro e amaciou. É uma terra milagrosa, uns dias de chuva e o pasto já está a nascer
e vai ganharum verde que é vida e rapidamente irá tapar o castanho que ainda
predomina.
Deu para fabricar um bom bocado
de terra para começar a preparar a horta, o alho francês e as diferentes espécies
de couve que compõem os pratos de Inverno já estão na terra. O cheiro da terra
molhada a ser fabricada é redentor e assinala um novo começo. Seria desejável
que este novo começo fosse mais amplo.
Também por esta altura é o tempo
das nozes, a maior parte ficará apanhada esta semana. Algumas ainda não largam
bem o involucro, têm um óleo que custa a sair da pele e nem sempre as luvas
conseguem evitar umas mãos coloridas. Parecem boas, terão de secar um pouco e durarão
até ao próximo ano.
E são assim os dias do Alentejo, agora menos completos, não temos o Mestre Marrafa aqui na lida com a gente.
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