Vale a pena reflectir sobre a entrevista do Professor Carlos Neto no Público. Não temos de concordar ou discordar relativamente a tudo o que é afirmado, mas precisamos de reflectir em muitas das questões abordadas.
Desde 2006, quando foi lançada, que considero a “Escola
a Tempo Inteiro” um dos maiores equívocos em matéria de educação. Precisamos de
“Educação a Tempo Inteiro”, não de “Escola a Tempo Inteiro”.
As enormes dificuldades que as famílias sentem na guarda das
crianças em tempo não escolar, não podem ser minimizadas basicamente com o
recurso do prolongamento da estadia das crianças na escola.
Urgem medidas integradas em política públicas de natureza
social ou laboral que contribuam para que os tempos das famílias sejam mais
amigáveis para os filhos, por exemplo o recurso ao teletrabalho ou a diferenciação
nos horários de trabalho que em alguns sectores e profissões é possível.
Não podemos empurrar os miúdos para estadias nas escolas
que, com frequência, superam as horas de trabalho semanal definidas para
adultos.
Não é uma fatalidade que tenhamos o cenário que se verifica,
existem múltiplas possibilidades como se verifica em vários países.
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