No Público encontra-se um trabalho elucidativo sobre as dificuldades que muitos pais de crianças com necessidades especiais sentem para encontrar respostas para os filhos no complemento ao horário escolar ou mesmo para participarem nas Actividades de Enriquecimento Curricular. Estas respostas envolvem Ateliers de Tempos Livres, actividades no âmbito da Componente de Apoio à Família ou as Actividades de Animação e de Apoio à Família.
Estas respostas podem ser no
âmbito privado, social ou autárquico para além das responsabilidades da escola.
Nada de novo, lamentavelmente. Para
as crianças com necessidades especiais e respectivas famílias, a vida é muito
complicada face à qualidade e acessibilidade aos apoios e recursos educativos e
especializados necessários. Não esqueço os bons exemplos e práticas que
conhecemos, assim como sei do empenho e profissionalismo da maioria dos
profissionais que trabalham nestas áreas.
O que me parece relevante é a resposta da
Secretária de Estado da Inclusão a solicitação do Público, estão definidas três prioridades para
este ano lectivo, a revisão do DL 54/2018 respeitante à Educação Inclusiva, acções
de formação para os “actores escolares” sobre este documento e a criação de um
grupo de trabalho com membros do seu gabinete e do Ministério da Educação, para
analisar as queixas que recebam dos pais, “Será uma task force para receber
exposições e procurarmos resolver caso a caso, de forma mais cirúrgica”.
A sério!?
Sendo certo que importa pensar na
revisão do DL 54/2018 precisamos de perceber em que sentido e com base em que
avaliação?
A onda de capacitação que varre o
sistema tinha, naturalmente, de ser … inclusiva.
E mais uma “task force”, claro, para
ouvir as queixas e (procurar) resolver os problemas.
Daí este meu cansaço.
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