E pronto aí estão os exames nacionais do secundário. Desde o
início do terceiro período ficou claro que só uma situação extrema levaria o Me
a considerar a não realização de exames finais.
Felizmente a situação não foi extrema e começam hoje.
Os exames cumprem uma imprescindível função de avaliação
externa que que regula e pode contrariar a “generosidade” de algumas avaliações
interna e, é esta a verdadeira questão, ordena os alunos no processo de
candidatura ao superior o que de há muito entendo dever ser alterado. As notas
dos exames seriam um dos critérios a considerar no processo de candidatura,
destinando-se os exames finais a certificar a conclusão do secundário e a
sustentar a avaliação externa.
Nas actuais circunstâncias de natureza excepcional também poderia
ter sido decidido a título excepcional a não realização este ano dos exames
mesmo nas condições atípicas determinadas pelo ME. Aliás, um grupo de docentes
apresentou na AR uma proposta nesse sentido.
De facto, os alunos do 12º, os candidatos ao superior já
realizaram exames nacionais no 11º e cumpriram dois períodos do actual ano
lectivo com “avaliação normal”. Por outro lado, a dispersão de práticas, cargas
horárias das disciplinas, funcionamento das escolas no tempo de aulas
presenciais no final do terceiro período, variáveis de natureza familiar ou pessoal,
etc., introduzem neste período de exames um risco acrescidode desigualdade não
negligenciável.
As circunstâncias em que hoje professores e alunos se
apresentam para os exames são bastante menos “amigáveis, por assim dizer, das
habituais circunstâncias de realização de exames com carácter decisivo. Nem a
temperatura ajuda a suportar a máscara durante várias horas em espaços cujas características
também não ajudam em boa parte dos casos.
Resta desejar boa sorte e resiliência.
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