domingo, 26 de abril de 2020

DEFICIÊNCIA, OS RISCOS DA EXCLUSÃO


Como é reconhecido, em situações de dificuldades ou constrangimentos os grupos sociais minoritários com condições mais vulneráveis sofrem um impacto significativamente maior dessas circunstâncias adversas.
O representante português no Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência alerta para que no contexto que atravessamos os riscos de pobreza e exclusão são bem mais elevados e exigem atenção e políticas públicas adequadas.
Têm sido divulgadas situações de enorme dificuldade por parte de famílias com crianças, jovens ou adultos com deficiência, quer no acesso à educação que ficou mais distante, quer no acesso a apoios de natureza diferenciada.
A verdade é que a voz das minorias é sempre muito baixa, ouve-se mal, existem variadíssimas áreas em que são significativas as dificuldades colocadas às pessoas com deficiência, designadamente saúde, acessibilidades, educação, apoio social, qualificação profissional e emprego, em que a vulnerabilidade e o risco de exclusão são enormes.
Importa também sublinhar que os direitos fundamentais não podem ser de geometria variável em função de contextos ou hipotecados às oscilações de conjuntura ainda que tenhamos consciência da excepcionalidade destes tempos.
Parece necessário reafirmar mais uma vez que os níveis de desenvolvimento das comunidades também se aferem pela forma como lidam com os grupos mais vulneráveis e com as suas problemáticas. Este entendimento é tanto mais importante quanto mais difíceis são os contextos que se vivem.

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