Olá Simão
Olá Avô. Vieste tu buscar-me à escola?
Sim, hoje o avô podia.
Avô, podemos ir para a tua casa brincar a fazer projectos?
Claro, a Avó está fazer aqueles bolos torcidinhos que tu e teu irmão gostam. A mãe depois passa por lá com o Tomás e vens com
eles. Como é que foi este dia de escola? Já há dias que não tinhas.
Foi fixe. Joguei à bola no intervalo com os meus amigos, só
tinha encontrado o João e a Diana nas férias no Parque da Paz.
E na sala como é que foi, já trabalharam?
Não foi assim muito, Avô. A minha professora perguntou o que
tínhamos feito nas férias.
Não me digas que contaste que estivemos no Alentejo a
brincar com as Titas e a fazer projectos de rega ao pé da nascente do tanque.
Disse mesmo, Avô, os meus colegas e a minha Professora riram-se. E a minha professora disse para todos contarmos o que fizemos e que
gostámos mais.
Foi giro, Simão.
Depois escrevemos uma frase a dizer o que fizemos mas com as
letras que já sabemos escrever.
Boa! Deve ter sido divertido.
Pois foi.
Este é o diálogo mais improvável que aqui podia escrever
hoje, o primeiro dia do regresso às aulas mais estranho que alguma vez vivi.
Mas regressaremos às salas de aula. O nosso futuro exige.
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