Há uns dias escrevia aqui que estes tempos têm sido duros,
de aprendizagem e também de busca de conhecimento e orientação. São
imprescindíveis para a nossa confiança e tomada de decisões e para a percepção das decisões que nos envolvem.
Neste sentido e como afirmei continuo a procurar aceder a
informação que me pareça de referência, a conhecimento com fontes tão seguras
quanto possível, a orientações sustentadas, a estar particularmente atento ao que de muito mau, mas também de muito bom circula nas redes sociais, etc. Parece-me um caminho necessário até para nos
mantermos críticos e atentos.
Como temos dado por isso, é permanente a presença na comunicação social da comunidade científica nas suas múltiplas áreas e,
apesar de eventuais divergências que são naturais, esta presença é uma
importante fonte de informação e conhecimento mesmo quando se partilham dúvidas e incertezas. Aliás, é imprescindível que o
melhor conhecimento científico disponível informe a decisão em matéria de
políticas públicas apesar das incertezas e dos riscos que sempre teremos de
enfrentar. É o bem-estar comum que o exige.
Por outro lado, também registei com perplexidade a
quantidade incrível de “especialistas” em saúde pública que se instalaram na
comunicação social. Numa rápida conversão da sua especialidade, a “tudologia”, os
“opinadores” peroram agora sobre saúde pública, o que deve ser feito e de que
forma. Como é óbvio não estou a falar de jornalismo de qualidade que, como nunca,
creio ser um bem de primeira necessidade e me preocupam os riscos que o ameaçam. Precisamos de uma educação e formação que promovam nos cidadãos o consumo e a exigência de informação de qualidade.
Neste contexto, parece-me interessante o texto de Alexandre Quintanilha
no Público, “Lidar com a incerteza”.
Boa Páscoa.
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