quinta-feira, 9 de abril de 2020

DAS CERTEZAS E DAS INCERTEZAS


Há uns dias escrevia aqui que estes tempos têm sido duros, de aprendizagem e também de busca de conhecimento e orientação. São imprescindíveis para a nossa confiança e tomada de decisões e para a percepção das decisões que nos envolvem.
Neste sentido e como afirmei continuo a procurar aceder a informação que me pareça de referência, a conhecimento com fontes tão seguras quanto possível, a orientações sustentadas, a estar particularmente atento ao que de muito mau, mas também de muito bom circula nas redes sociais, etc. Parece-me um caminho necessário até para nos mantermos críticos e atentos. 
Como temos dado por isso, é permanente a presença na comunicação social da comunidade científica nas suas múltiplas áreas e, apesar de eventuais divergências que são naturais, esta presença é uma importante fonte de informação e conhecimento mesmo quando se partilham dúvidas e incertezas. Aliás, é imprescindível que o melhor conhecimento científico disponível informe a decisão em matéria de políticas públicas apesar das incertezas e dos riscos que sempre teremos de enfrentar. É o bem-estar comum que o exige.
Por outro lado, também registei com perplexidade a quantidade incrível de “especialistas” em saúde pública que se instalaram na comunicação social. Numa rápida conversão da sua especialidade, a “tudologia”, os “opinadores” peroram agora sobre saúde pública, o que deve ser feito e de que forma. Como é óbvio não estou a falar de jornalismo de qualidade que, como nunca, creio ser um bem de primeira necessidade e me preocupam os riscos que o ameaçam. Precisamos de uma educação e formação que promovam nos cidadãos o consumo e a exigência de informação de qualidade.
Neste contexto, parece-me interessante o texto de Alexandre Quintanilha no Público, “Lidar com a incerteza”.
Boa Páscoa.

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