Há uns minutos e a propósito de
umas leituras que estou a realizar voltou à minha cabeça uma questão colocada numa conversa recente
com pais e encarregados de educação. Um dos pais interrogava-se, interrogava-nos, a
propósito dos limites, um dos tópicos do encontro, que se torna necessário
estabelecer com e para os miúdos, em casa e também na escola. A questão que o
embaraçava estava definida mais ou menos nestes termos, se o mundo parece
funcionar sem limites, ou seja, tudo parece valer, como e que limites somos
capazes de definir com e para os miúdos.
A questão deixou-nos, creio,
todos a pensar. Sem ter a certeza de que constitua grande ajuda para lidar com
a “pequenina” dúvida, entendemos que é exactamente por ser difícil perceber,
por vezes, onde estão os limites dos nossos comportamentos que mais
imprescindível se torna que com os mais novos tenhamos a preocupação de, com
clareza e consistência, mas com diálogo e flexibilidade, estabelecer as regras
e os limites que balizem o seu comportamento e, simultaneamente, estimular a
sua autonomia na regulação e gestão dessas regras e limites.
É essencialmente na construção do
equilíbrio entre limites que não alcançamos, porque nos transcendem, e limites
que precisamos de definir porque o crescimento saudável dos miúdos o exige, que
se joga a enorme dificuldade da acção educativa.
Não é uma tarefa fácil mas regras
e limites são um bem de primeira necessidade na vida dos mais novos … e dos mais
velhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário