quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O ENSINO, A APRENDIZAGEM E AS TECNOLOGIAS QUE JÁ NÃO SÃO NOVAS


Gostei de ler a entrevista do Público a Cristóbal Cobo, investigador em tecnologia e aprendizagem na Fundação Ceibal, no Uruguai, “As pessoas são mais do que um conjunto de dados”.
A literacia (ou alfabetização) digital não é o domínio das teclas, mas o domínio das ideias. É aprender a pensar de forma diferente. Saber escolher, discriminar, organizar.”
A entrevista é importante no sentido de contribuir para a reflexão sobre a utilização das tecnologias no ensino e aprendizagem.
Como tenho afirmado temo os efeitos que se têm mantido e, por vezes, acentuado de algum deslumbramento com dispositivos que, mais do que ferramentas úteis e potentes, passam a ser os "gestores" e/ou  os objectos dos processos de ensino e aprendizagem.
Muitas vezes tenho defendido por aqui a enorme importância do jogo e do brincar na vida dos miúdos em casa, na escola ou nos espaços das comunidades.
Mas a vida em casa, na sala de aula ou na comunidade é mais do que um jogo e não tem sempre a natureza de um jogo. Um trajecto de gamificação do ensino em que a sala de aula se poderá transformar numa permanente sala de jogos requere alguma prudência.
Esta questão dever ser considerada desde o 1º ciclo ao ensino superior.
O deslumbramento e alguns efeitos imediatos podem não ser bons conselheiros.

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