Gostei de ler a entrevista do Público
a Cristóbal Cobo, investigador em tecnologia e aprendizagem na Fundação Ceibal,
no Uruguai, “As pessoas são mais do que um conjunto de dados”.
“A literacia (ou alfabetização) digital não é o domínio das teclas, mas
o domínio das ideias. É aprender a pensar de forma diferente. Saber escolher,
discriminar, organizar.”
A entrevista é importante no
sentido de contribuir para a reflexão sobre a utilização das tecnologias no
ensino e aprendizagem.
Como tenho afirmado temo os
efeitos que se têm mantido e, por vezes, acentuado de algum deslumbramento com
dispositivos que, mais do que ferramentas úteis e potentes, passam a ser os "gestores" e/ou os objectos dos
processos de ensino e aprendizagem.
Muitas vezes tenho defendido por
aqui a enorme importância do jogo e do brincar na vida dos miúdos em casa, na
escola ou nos espaços das comunidades.
Mas a vida em casa, na sala de
aula ou na comunidade é mais do que um jogo e não tem sempre a natureza de um
jogo. Um trajecto de gamificação do ensino em que a sala de aula se poderá
transformar numa permanente sala de jogos requere alguma prudência.
Esta questão dever ser
considerada desde o 1º ciclo ao ensino superior.
O deslumbramento e alguns efeitos
imediatos podem não ser bons conselheiros.
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