Em entrevista à Lusa, Rosário
Farmhouse, a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e
Protecção das Crianças e Jovens chama a atenção para a prudência que os pais
devem ter na exposição das crianças nas redes sociais.
Recorda os riscos envolvidos e
que são conhecidos bem como os aspectos relativos ao direito de imagem e
protecção os mais novos.
Esta questão é abordada com e por muitos pais e encarregados de educação nos regulares encontros em que participo. A minha convicção,
assente no nível de exposição de muita gente e na minha relação com este
universo, é que a forma como muitos pais se relacionam com as redes sociais
induz comportamentos de risco relativamente aos filhos. Encontramos facilmente
pessoas cujos passos e circunstâncias estão sempre documentados nas redes
sociais estendem-se a toda a família, incluindo os mais novos.
É óbvio que muitas vezes se
percebe as razões, a distância face a outros familiares ou amigos, mas existem
fórmulas mais discretas e mais protectoras como grupos restritos.
Por outro lado, a banalização da
exposição dos mais novos alimenta nestes a sua própria iniciativa de se
exporem, “se os pais fazem …”
Este tipo de comportamento pode
facilitar risco de desencadear de situações de cyberbullying fenómeno
potencialmente capaz de promover grande sofrimento e de difícil contenção, a
pegada virtual é praticamente impossível de apagar.
Neste contexto seria desejável
que pais e restante comunidade educativa, no fundo todos nós, assumissem a
necessidade mediar e regular a relação dos mais novos com este universo cujas
potencialidades são tão grandes quanto os seus riscos.
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