O texto colocado no FB pelo
Joaquim Colôa ilustra com uma clareza embaraçante uma face bem evidente das iniciativas de formação contínua de professores.
A este propósito, há poucos dias
escrevi aqui, boa parte do que tem sido feito, apesar do excelente trabalho de
alguns centros de formação, escolas e mesmo municípios, parece ser de natureza
avulsa, dependente dos financiamentos e, sobretudo, associada ao “modismo”, ao
que parece estar na moda ou "promovida" seja ao nível da “inovação” seja no âmbito de uma “mudança
de paradigma”, da criação de uma "nova escola", etc..
Por outro lado, a forma como tem
vindo a ser considerado, ou não, o impacto da valorização profissional na
carreira dos docentes também contribui para algum trajecto errático neste
contexto.
Actualmente, parece viver-se mais
um ciclo de formação desencadeado pela tutela e em consequência das mudanças
legislativas designadamente no que se refere ao currículo e flexibilidade
curricular e do novo regime da educação inclusiva assentes, mais uma vez na
“inovação”, numa “nova escola” na “mudança de paradigma" e, obviamente, no que
isto exige de novas práticas e, porque não, novos professores. Bom, mas aqui
não há volta a dar, são os que temos e, portanto, toca a formar.
Por razões óbvias não me
pronuncio sobre a qualidade da imensa oferta disponível, não deixo, no entanto, de
me surpreender com o surgimento de tantos especialistas e na produção de tantas e tão diversificadas ferramentas de criação de “novas práticas”, “novos olhares”, “novas abordagens”,
“novas …”.
Temo o risco de uma intoxicação
séria que complique e burocratize ainda mais o já instável clima escolar.
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