terça-feira, 6 de novembro de 2018

A FORMAÇÃO NOS NOVOS PARADIGMAS


O texto colocado no FB pelo Joaquim Colôa ilustra com uma clareza embaraçante uma face bem evidente das iniciativas de formação contínua de professores.
A este propósito, há poucos dias escrevi aqui, boa parte do que tem sido feito, apesar do excelente trabalho de alguns centros de formação, escolas e mesmo municípios, parece ser de natureza avulsa, dependente dos financiamentos e, sobretudo, associada ao “modismo”, ao que parece estar na moda ou "promovida" seja ao nível da “inovação” seja no âmbito de uma “mudança de paradigma”, da criação de uma "nova escola", etc..
Por outro lado, a forma como tem vindo a ser considerado, ou não, o impacto da valorização profissional na carreira dos docentes também contribui para algum trajecto errático neste contexto.
Actualmente, parece viver-se mais um ciclo de formação desencadeado pela tutela e em consequência das mudanças legislativas designadamente no que se refere ao currículo e flexibilidade curricular e do novo regime da educação inclusiva assentes, mais uma vez na “inovação”, numa “nova escola” na “mudança de paradigma" e, obviamente, no que isto exige de novas práticas e, porque não, novos professores. Bom, mas aqui não há volta a dar, são os que temos e, portanto, toca a formar.
Por razões óbvias não me pronuncio sobre a qualidade da imensa oferta disponível, não deixo, no entanto, de me surpreender com o surgimento de tantos especialistas e na produção de tantas e tão diversificadas ferramentas de criação de “novas práticas”, “novos olhares”, “novas abordagens”, “novas …”.
Temo o risco de uma intoxicação séria que complique e burocratize ainda mais o já instável clima escolar.

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