Os dados de um inquérito do
Instituto Nacional de Estatística sobre conciliação da vida profissional com a
vida familiar, ontem divulgado, mostram as enormes dificuldades de muitas famílias,
sobretudo as que têm filhos, em conseguir conciliar o trabalho com a família.
Esta é uma das múltiplas razões que
tornam verdadeiramente urgente a definição de políticas de apoio à família com
impactos a curto e médio prazo como, por exemplo, a acessibilidade aos
equipamentos e serviços para a infância com o alargamento da resposta pública
de creche e educação pré-escolar, cuja oferta está abaixo da meta estabelecida
bem como combater a discriminação salarial e de condições de trabalho através
de qualificação e fiscalização adequadas.
É fundamental tornar o quadro
legislativo relativo à parentalidade mais amigo das famílias tal como a organização dos tempos do trabalho.
Defendo há muito que defendo a
pertinência de, em sede de Concertação Social, avançar com propostas de
alteração legislativa, sobretudo, na organização horária do trabalho que
poderia, essa sim, ter impacto na disponibilidade dos pais.
Não me parece impossível que em
muitas profissões os tempos de trabalho pudessem ter outra distribuição
permitindo mais tempo com os filhos e menos tempo destes na escola o que seria
um excelente contributo para a qualidade de vida das famílias.
É verdade que temos avançado mas
existe muito para fazer no domínio das políticas de família e da parentalidade.
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