O Professor José Pacheco tem uma
entrevista no JN que merece ser lida, reflectida, divulgada e , eventualmente, também discordada em alguns aspectos.
Foi há 42 anos a alma da escola
da Ponte, uma fonte de inspiração de muita gente por cá e por fora e que se
desenvolveu em contraciclo com as orientações do ME. Como se
depreende da entrevista o José Pacheco continua, felizmente, em contraciclo com
muitos dos discursos e ideias em educação. Poderão ser utopias de visionário,
podem ser fruto da paixão, podemos não concordar sempre, mas são desafiantes as suas reflexões.
Na verdade sob a orientação de
José Pacheco e apesar das vicissitudes e constrangimentos, da pressão da tutela
sobre a escola da Ponte e sobre o Director, das inspecções e avaliações que
procuravam concluir que seria uma experiência falhada, a comunidade mostrou que
era, é, possível ter um outro tipo de escola. Não, não é uma escola perfeita, é
apenas uma escola de pessoas.
Aliás, a escola da Ponte tem sido
de há anos um objecto de estudo e visita recorrentes por parte de
investigadores e professores nacionais e estrangeiros que reconhecem o que de
qualidade por ali acontece. Deve ainda sublinhar-se que a visão da escola da
Ponte é de uma escola onde verdadeiramente cabem todos, alunos, professores,
funcionários e pais.
Há quem lhe chame escola
inclusiva.
Para que conste.
Leiam a entrevista, por favor. Não
temos que concordar com tudo mas talvez encontremos que pensar. José Pacheco
continua, agora no Brasil, a construir pontes … com o futuro. Chama-se Projecto
Âncora.
PS - O José Pacheco tem uma
colaboração regular no site Educare com um espaço, "O aprendiz de utopias", que é sempre uma leitura estimulante, mesmo que de utopias
vindas de um eterno aprendiz.
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