Ao tentar alinhavar umas notas para aqui deixar optei por integrar algumas referências presentes na imprensa e que são elucidativas do estado da arte da vida à portuguesa.
Sem hierarquia de importância uma incontornável referência ao deplorável espectáculo de calculismo político, de gestão de interesses partidários que os actores políticos continuam a oferecer. Os troca-tintas que nos governam ou querem governar esquecem as dramáticas condições de vida que afectam muitos de nós e ameaçam muitos mais. Merece também uma referência a delirante forma como os partidos se comportaram para acabar com o modelo de avaliação de professores que sendo mau, tinha entrado em vigor sem que na altura, porque não cheirava a eleições e ainda não tinha aberto a demagógica e hipócrita caça ao voto dos professores, tivessem desencadeado a mesma improvável convergência entre PCP (Mário Nogueira) e PSD.
Não pude deixar de reparar que nos tempos que correm um tal Dr. Armando Vara que abandonou a administração do BCP por se ter envolvido numa trapalhada com robalos ganhou, sem trabalhar, a minudência de 822 000 €. A propósito de mérito merece registo que quatro alunos do ensino secundário, considerados os melhores do país, expressem a sua confiança no futuro acreditando no mérito e no profissionalismo. Um conselho, não se cruzem com o Dr. Vara para não perderem o optimismo.
Ainda a propósito de mérito, devo dizer que me ri, quando li no Expresso que o conhecido entertainer político e catedrático de direito, conhecido por Professor Marcelo se tinha recusado a prefaciar uma biografia do Dr. Passos Coelhos a lançar nos próximos dias com o título “Um homem invulgar”. Não compreendo a edição de uma biografia de alguém que faz o mais vulgar dos trajectos de ascensão em Portugal, ou seja, entrada numa juventude partidária de um partido que de vez em quando é poder, apanhar as ondas certas, esperar a oportunidade do poder e não ter realizado nada de substantivo. O que é mais curioso é considerar alguém assim um “Homem invulgar”. É mesmo invulgar.
Finalmente, uma referência a uma experiência empresarial de sucesso que o I trata assim “A crise não chegou à maior fábrica portuguesa de caixões” que, informa, se vai tornar na maior da Península. Curioso, será que é de esperar que alguém decida adiar a morte por dificuldades económicas? Ele há cada notícia.
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