Era uma vez um miúdo, o Manel, com nove anos que ia participar num desfile de Carnaval preparado lá na escola. Tinha mesmo de participar, os desfiles são obrigatórios por ordem do Ministério, disse a professora dele.
O Manel ficou um bocado atrapalhado porque tinha de ir mascarado e não tinha pensado que máscara escolher. Começou a imaginar as máscaras do costume, cowboy, pirata, astronauta, Zorro, polícia, Batman, Super-homem, Homem-aranha, etc., mas nenhuma destas possibilidades o convencia. Muitos miúdos de muitas escolas escolhiam máscaras daquelas e o Manel gostava de fazer coisas um bocadinho diferentes dos outros. Às vezes, a professora dele até se aborrecia, “Mas porque queres sempre fazer diferente, Manel?”. Mas o Manel era assim. No meio dos seus pensamentos, de repente, surgiu-lhe a ideia, “Já sei, vou mascarar-me de Homem Perfeito”.
Dirigiu-se à professora e disse, “Vou mascarar-me de Homem Perfeito”, “Lá estás tu Manel, como é que uma pessoa se mascara de Homem Perfeito?”, “Vou descobrir”, disse o Manel convictamente.
No dia do desfile, apareceu com uma máscara de homem invisível. Ninguém o via, mas ouvia-se o Manel a dizer que estava mascarado de Homem Perfeito.
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