sábado, 1 de outubro de 2011

O ASSOMBRADO PAÍS

O Público de hoje refere que os serviços do Ministério da Saúde ao proceder a uma actualização das suas bases de dados terão descoberto que cerca de 500 médicos terão falecido embora constem das listas.
Nos tempos que correm, tal descoberta parece difícil de explicar embora, como sempre, alguma justificação irrelevante possa surgir para mascarar incompetência e ou negligência.
Lembro-me também de que quando se realizaram as últimas eleições se ter colocado o problema dos “eleitores-fantasma”, milhares de pessoas que, já falecidas, constam dos cadernos eleitorais e cuja presença enviesa resultados e interpretações.
É certo que as dificuldades que o país atravessa vão transformando muita gente em sobreviventes e vão-se conhecendo cada vez mais fantasmas.
Veja-se a frequência com que saltam alguns esqueletos de alguns armários e que vêm assombrar, ainda mais, as nossas vidas, veja-se o caso a dívida-fantasma agora “descoberta” na Madeira.
Todos os dias adormecemos com o fantasma de novo aumento de impostos ou cortes em área de necessidade ou ainda pelos discursos, vai ser pior, ainda não sabemos tudo.
É ainda sabido, dramaticamente, que existem milhares de pessoas cuja vida é assombrada pelo fantasma do desemprego. Muitos outros fantasmas poderiam se identificados nesta espécie de filme negro em que se transformou este país de assombrações e de assombrados.

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